O novo coronavírus e a doença que ele causa, a COVID-19, ainda não são totalmente conhecidos pelas autoridades de saúde e pela população em geral. Por isso, o mundo inteiro está alarmado e aguardando a divulgação de informações sobre esta nova pandemia.
No entanto, é importante prestar atenção apenas às informações partilhadas por fontes oficiais, uma vez que as redes sociais foram rapidamente inundadas com notícias falsas sobre como impedir a disseminação do coronavírus e como tratar a COVID-19. Notícias falsas são de alto risco, especialmente na área da saúde, pois têm impacto direto na saúde e no bem-estar das pessoas.
Devemos, portanto, isolar os mitos que agora estão sendo compartilhados:
- MITO. O coronavírus é como a gripe
Devemos evitar comparar as duas doenças. Embora seja verdade que muitas pessoas jovens e saudáveis expostas ao coronavírus apresentarão sintomas semelhantes aos da gripe sazonal, as duas doenças são diferentes. A COVID-19 é muito mais contagiosa do que a gripe e tem uma taxa de mortalidade mais elevada. Também é uma doença ainda muito desconhecida para a qual não existe vacina. - MITO. Se eu usar uma máscara, não o vou apanhar
Segundo a OMS, o uso de máscaras deve ser limitado a pessoas infetadas, ou que possam estar infetadas, e a pessoas saudáveis em contacto direto com elas. Além disso, elas só são eficazes se usadas e descartadas corretamente, e combinadas com a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou gel desinfetante. - MITO. A pandemia de coronavírus vai desacelerar no verão devido ao calor
O vírus da gripe e constipações enfraquecem com a chegada da primavera, devido às altas temperaturas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que não há evidências científicas para afirmar que o coronavírus também enfraquecerá com temperaturas mais altas. - MITO. O coronavírus é transmitido em áreas de clima quente e húmido
O vírus que provoca a COVID-19 pode ser transmitido em qualquer área, independentemente do clima. - MITO. O coronavírus pode-se espalhar por grandes distâncias pelo ar
O coronavírus é um vírus respiratório que se espalha principalmente pelo contacto com uma pessoa infetada por meio de gotículas que se espalham quando a pessoa fala, tosse ou espirra. Essas gotículas são muito pesadas para se espalharem por grandes distâncias no ar. - MITO. Os antibióticos são eficazes na prevenção e tratamento da infeção por coronavírus
Os antibióticos são eficazes apenas contra bactérias. Como o coronavírus (SARS-COV-2) é um vírus, antibióticos não devem ser usados para prevenir ou tratar infeções. - MITO. Os animais de estimação podem transmitir o coronavírus
A OMS relatou que não há evidências científicas de que animais de estimação sofram ou possam transmitir COVID-19. - MITO. Uma picada de mosquito pode transmitir a COVID-19
O coronavírus é um vírus respiratório que se espalha principalmente pelo contacto com uma pessoa infetada por meio de gotículas que se espalham quando a pessoa fala, tosse ou espirra. Não há informações ou evidências que indiquem que pode ser transmitido por uma picada de mosquito. - MITO. Crianças são imunes ao coronavírus
De acordo com os dados atuais, apenas 2% dos casos registados ocorrem em crianças. Além disso, na grande maioria dos casos, a doença não provoca nas crianças grandes complicações. No entanto, lembre-se que as crianças podem transmitir a infeção aos adultos, e estes podem desenvolver complicações mais sérias. - MITO. As mulheres grávidas transmitem o coronavírus ao feto
De acordo com a OMS, as primeiras pesquisas indicam que o vírus não passa para o líquido amniótico que envolve os bebés no útero ou no sangue no cordão umbilical. O principal risco em bebés alimentados por mães com COVID-19 é que o contacto próximo pode permitir a transmissão de gotículas. Portanto, é aconselhável lavar as mãos antes de tocar no bebé e na bomba tira-leite ou biberãos, e considerar o uso de máscara durante a amamentação. - MITO. Eu posso apanhar o coronavírus duas vezes
Ainda é muito cedo para dar uma resposta segura. No entanto, os especialistas concordam que as pessoas infetadas com COVID-19 serão imunizadas contra o vírus nesta época. É verdade que houve casos de pessoas que tiveram alta com resultados positivos novamente após alguns dias. Nestes casos, os especialistas apontam que, embora os estudos ainda estejam em andamento, é mais provável que seja um “ressalto” do vírus e não uma reinfeção. No entanto, a OMS recomenda que os pacientes que já superaram a doença fiquem em isolamento por 14 dias, para confirmar que não há sinais de infeção. - MITO. Uma boa dieta pode prevenir o coronavírus
As pessoas não podem evitar a infeção por coronavírus por meio da dieta. No entanto, um estilo de vida saudável que inclua uma dieta equilibrada é de importante para manter o sistema imunológico forte. - MITO. Beber água quente ou infusões combate o coronavírus
Beber líquidos quentes não altera a temperatura corporal real da pessoa. A OMS alerta que não há evidências científicas para afirmar que as altas temperaturas matem o coronavírus. Nem o gargarejo com elixir bucal. Eles podem matar certos microrganismos da saliva. Porém, gargarejar não impede que o vírus chegue ao sistema respiratório e, portanto, não nos protege da infeção por coronavírus.